Resumo
A partir da aproximação dos problemas envolvidos na ocupação periférica da cidade de Maricá, localizada na região metropolitana do Rio de Janeiro, identifica-se um contexto de expansão urbana que promove a segregação social em enclaves. Em contraposição, o presente trabalho tem como objetivo promover a vida democrática com base nos princípios da livre circulação, sobreposição e convívio. A articulação dos espaços públicos e o desenho urbano tornam-se instrumento para a integração social e atendimento às demandas ambientais colocadas pela população, em decorrência dos desastres naturais, visto sua condição suscetível a alagamentos. O projeto tira partido dessa região de planície, introduzindo os conceitos de urbanismo ecológico e resiliência para criar uma articulação dos grupos segregados à malha urbana. Além disso, promover uma estruturação ambiental da paisagem para acomodar suas dinâmicas geomorfológicas. O projeto busca estabelecer um constante diálogo com a pré-existência do conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha, utilizando os espaços livres para criar reentrâncias com a cidade. Cria novos acessos e introduz usos para além do residencial no seu entorno, rompendo os limites físicos e simbólicos do enclave social criado pela implantação (sub)urbanizada do conjunto.
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