• Autor Mariana Neves Campos
  • Ano 2019/2
  • Localização -22.909194, -43.18025
  • Resumo

    O objeto deste estudo é, essencialmente, a cidade. Ou uma ideia de cidade como espaço de possibilidades, ideologias, processos sociais e históricos, onde a malha urbana é ponto de interseção entre as transformações físicas, o tempo e o imaginário. O objetivo, então, é ressignificar a experiência desta cidade através da Teoria da Deriva, entendendo as diferentes escalas como dispositivo cognitivo para permitir a espontaneidade desta relação. Por tal motivo, a Lapa se apresenta como base desse diagnóstico: de apogeu da boemia à decadência, até a redescoberta, é um espaço em constante movimento – de pessoas, comportamentos e até limites. A região se moldou como local de convívio de opostos, onde a ideia de “território do livre” foi atacada por vezes, se abatendo e ressurgindo com o panorama sócio-histórico-cultural dos anos 30 ainda fortalecido nesse imaginário. Neste trabalho, o reconhecimento dos processos de formação é o primeiro passo para uma reflexão sobre a forma urbana enquanto simultaneidade de tempos, e propõe a existência de uma Lapa aberta para possibilidades de trocas com seu entorno - entendido como uma costura de recortes históricos, convivendo em dispersão. Enquanto este imaginário de Lapa Antiga é o primeiro tempo, o eixo das Avenidas República do Chile e República do Paraguai, que surgiu pelo desmonte do Morro de Santo Antônio, é o segundo. Tomando-o como ponto de partida para despertar e aceitar a complexidade da região, a proposta é articular estas preexistências em intervenções pontuais que desenvolvam, enfim, o terceiro tempo.


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