• Resíduos Urbanos: um ensaio ao incremento da capacidade programática em área infraestruturada retornar à pesquisa
  • Autor Oliver Luiz Galhardo Serrano
  • Ano 2018/2
  • Localização -22.912352, -43.195551
  • Resumo

    O vazio urbano é um fenômeno expressivo na cidade contemporânea, marcada pelas transformações socioeconômicas que mudaram radicalmente as estruturas espaciais, fruto do processo de urbanização e da ausência de planejamento. Essa descontinuidade está associada ao processo ininterrupto de construção e reconstrução, que corrobora para a formação de rupturas e fragmentações de áreas [im]produtivas, vazios a serem preenchidos de informação e de novos usos, permanecendo fora de sua dinâmica. No contexto da cidade do Rio de Janeiro, esse processo pode ser observado a partir do início do século XX, com as grandes obras de infraestrutura urbana, de forma mais intensa durante o período que ficou marcado pela “fúria urbanística”, pautada pelo discurso de renovação e pela política rodoviarista. Diante deste cenário, o presente trabalho se debruça nessa investigação e busca olhar para as franjas do Centro, em especial a região dos bairros do Catumbi e Cidade Nova, cujo território pouco adensado e esgaçado apresenta uma complexidade espacial de tecidos fragmentados e justapostos que não se articulam, apesar da disponibilidade de infraestrutura e do fato de estar localizado próximo ao centro financeiro. Neste ponto, o projeto parte da observação dos efeitos colaterais gerados pela construção do Viaduto 31 de Março e do Sambódromo e visa alternativas de recuperação dos espaços residuais estagnados – cujo efeito degradador perpassa para além dos seus limites, afetando a dinâmica da região – através da experimentação de cenários hipotéticos, com o intuito de aumentar a capacidade do fragmento urbano infraestruturado para receber mais programas.


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