• Autor Gabriela Peregrino Levy
  • Ano 2019/1
  • Tema(s)
  • Localização -22.912594, -43.17985
  • Coorientador Daniel Nardelli
  • Resumo

    Morar na rua é uma situação que carrega inúmeros estigmas e preconceitos, o que torna constantes os casos de violência contra esses habitantes. Por esse motivo e por questões que nos são caras, como, por exemplo, o conforto e a higiene, acreditamos que o morador de rua seja sempre uma pessoa que chegou ali por não ter outra opção, buscando uma saída para esse cenário. Alguns autores inclusive dizem que o termo “morador de rua” naturaliza e criminaliza a condição do “sem teto” e não deveria ser utilizado, por reforçar que, apesar de não terem casa, essas pessoas “moram”. (FERRAZ e MACHADO, 2014) Mas será que não moram? Defendo a ideia de que habitamos outros espaços que não só a casa e que, por isso, é possível que recriemos a ideia de habitar no espaço da rua, seja na rotina, nos hábitos de higiene ou na reinvenção diária da arquitetura e dos espaços públicos. Há quem more na rua por não ter opção e há quem escolha a rua como casa. O objetivo do trabalho é entender de que maneira e através de quais mecanismos esse tipo de moradia foi marginalizado; os tipos de habitantes que integram a população de rua e de que modo intervir na cidade (nesse caso, a do Rio de Janeiro) para que essa forma de moradia se torne legítima, sem retirar a autonomia de seus habitantes. Para isso, foram utilizados textos, desenhos de observação, desenhos de memória e ensaios projetuais que ilustram (e, muitas vezes, se tornam mais importantes do que os próprios) pequenos textos-base contidos em cada capítulo.


Universidade Federal do Rio de Janeiro - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Midiateca FAU/UFRJ 2019 ® | Todas as imagens protegidas por direitos autorais.