Resumo
Num momento de profunda transformação nos modos de trabalho, agravada pela atual crise sanitária causada pela pandemia da Covid-19, a atividade terciária – principal atividade dos edifícios e salas comerciais no Centro da Cidade do Rio de Janeiro – perde a necessidade de ocupar um espaço específico. Essa mudança de paradigma causa um esvaziamento no território central que já ocorria em momentos em que a atividade não era exercida, e cria um ambiente hostil e perigoso durante a noite ou em horários não-comerciais. Um processo recorrente de requalificação de centros urbanos que já ocorreu diversas vezes, em diversos locais, tais como SoHo (Nova York, EUA), Docklands (Londres, Inglaterra) e Ciudade Vieja (Uruguai), é trazer moradia para esses locais, para possibilitar a reapropriação do espaço pela população que passa boa parte de seu tempo nele, podendo usufruir da infraestrutura urbana consolidada pré-existente. Dessa forma, o trabalho propõe a intervenção em um edifício existente na malha urbana do Centro do Rio, na forma da conversão de um edifício propriamente de uso cooperativo/comercial, em um edifício de uso residencial, tornando o ambiente habitado e assim, potencializando a vitalidade urbana para além dos horários comerciais.
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