Resumo
Em 2018, a Prefeitura do Rio realizou um censo sobre a população em situação de rua na cidade indicando um número de 4.628 pessoas, estando cerca de 26% desse número concentrada no bairro Centro. Uma vez que tem se tornado cada vez mais difícil fechar os olhos para essa situação, medidas infelizes têm sido tomadas a fim de tornar essas pessoas novamente invisíveis nos espaços que se propõem serem chamados de públicos. Essas "soluções arquitetônicas" dificultam a permanência de quem já não tem mais para onde ir, tornando a rua um local ainda mais inóspito. Refletindo sobre o papel social do arquiteto, pode-se creditar a nós o dever de pensar soluções que contribuam para uma melhoria de vida a todas as pessoas e, nesse caso, de forma ainda mais contundente, à recuperação de sua dignidade ao invés de sua exclusão. Diante do contexto apontado, a proposta se trata de um projeto de um Centro de Referência à população de rua localizado no centro da cidade. O programa contemplará as necessidades essenciais de acolhimento e higienização para adultos de ambos os sexos, ou mesmo famílias em situação de rua, garantindo sua proteção integral, bem como o acesso às políticas públicas, além de estimular a convivência comunitária e proporcionar atividades culturais e educativas, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e possibilitando a reinserção social dos indivíduos que assim desejarem.
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