Resumo
Desde o início da pandemia do Coronavírus, muitos tiveram que adequar suas casas a um novo uso: o laboral. Porém, a realidade é que muitas de nossas casas são espaços ineficientes e inadequados para um mundo em mudança. No entanto, esse não é um problema novo. Passamos por diversas crises sanitárias e revisitamos o modelo habitacional a partir delas. A partir de um questionamento habitacional provocado pela pandemia, a ideia projetual se baseia em habitações flexíveis com variedades de apropriações internas. Consiste em uma habitação multifamiliar que parte do princípio da flexibilidade e mira em diversos perfis de moradores e trabalhadores. O espaço residencial pode ser muito mais que um lar: pode abrigar o uso que for necessário. Para isso, o projeto se baseia em três tipologias de apartamentos: a tipologia sobrado, a tipologia duplex e a tipologia standard. A ideia é permitir que o espaço de trabalho, hobbies e lazer tenham a opção de se separarem ou não do espaço habitacional, permitindo que diversos núcleos familiares se apropriem de qualquer tipologia, cada um ao seu modo. Dessa maneira, o terreno está no bairro do Castelo. Situado em uma quadra potencial e de intervenção imprescindível, o terreno permite a ideia projetual de flexibilidade habitacional e espaço livre de qualidade. Através das três tipologias base e da intervenção no miolo da quadra, é possível o vislumbre de habitações acessíveis e de qualidade, entremeadas no meio urbano do Centro carioca.
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