É desafiador contemplar que nem todos podem dançar ao ritmo da melodia, sentir a brisa de uma atividade desportiva, mergulhar nos encantos de um espaço cultural, zelar pelo equilíbrio físico e mental, desvendar as nuances de uma nova língua, ou embarcar numa jornada de férias com seus entes queridos. E quando a exclusão tece seu manto até mesmo nos recantos familiares, onde o temor dissuade as escassas oportunidades que ousam emergir? O receio de percorrer certos caminhos dentro do próprio território, o temor de arriscar e fracassar, erguem barreiras que perpetuam um ciclo de exclusão, gravado como um estigma na trama da existência. O presente trabalho destaca os impactos negativos da pobreza urbana concentrada nas camadas mais pobres da sociedade, evidenciando a falta de acesso a serviços básicos, como saúde, educação e trabalho, e o convívio diário com a violência e desigualdades sociais. Aponta que cidades reproduzem desigualdades, prejudicando a qualidade de vida, o planejamento urbano e a experiência coletiva, especialmente para grupos menos privilegiados. Aborda a vulnerabilidade em territórios como favelas, destacando a importância de estratégias para transformar esses cenários em mais igualitários. A pesquisa se concentra no Conjunto de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, integrando conceitos de diversos campos do conhecimento. Destaca o papel da arquitetura na promoção de interações sociais, sustentabilidade e inclusão social, propondo o uso estratégico de espaços físicos para discutir o desenvolvimento territorial. A ideia é fortalecer redes sociais e culturais, aproximando moradores de oportunidades educativas e criando novas perspectivas.