O terreno escolhido foi o sítio da antiga Academia Imperial de Belas Artes, localizado no centro do Rio de Janeiro. As potencialidades do entorno somadas à herança histórica do local foram fatores determinantes para tal escolha. Hoje, é um grande vazio privado e desocupado, gerando problemas para seu entorno. A ideia do projeto surge a partir da possibilidade de poder vivenciar experiências imersivas no espaço urbano, através das artes virtuais. Então, tal fundamentação se manifesta em forma, programa e partido. A massa edificada do projeto ocupa cerca de 2/3 do terreno, o que proporciona uma grande praça que interliga a Av. Passos e a Rua Gonçalves Lédo. Sua volumetria tem uma subdivisão bilateral, com dois blocos nas extremidades, que tanto emolduram a rotunda panóptica, principal experiência imersiva do projeto, como sugere um atravessamento por dentro do edifício. A nova praça é um extenso vazio urbano, que tem como objetivo possibilitar a relação da rua com o edifício, ativar o Beco do Tesouro, e ser palco para intervenções flutuantes produzidas pela escola. O programa é de uma escola de arte e design virtual da UFRJ, um edifício público que atende tanto ao corpo acadêmico mas também ao público geral, pois tem um caráter expositivo. Ao dispor as salas de aula ao longo das extremidades dos blocos, torna-se possível a obtenção de diferentes visadas e percepções da paisagem e da cidade, ou seja, diferentes interfaces para experiências imersivas sob um caráter pedagógico.