• Plantações urbanas em territórios de vulnerabilidade social na Metrópole do Rio de Janeiro: Uma estratégia para minimizar a crise socioambiental do século XXI retornar à pesquisa
  • Autor Esther Azevedo Moreira Carneiro da Cunha
  • Ano 2023/1
  • Tema(s)
  • Localização -22.977652, -43.334221
  • Coorientador ---
  • Resumo

    Nas últimas décadas a humanidade vem vivenciando uma série de mudanças climáticas que nunca antes foram vistas de maneira tão expressiva em tão pouco tempo no meio ambiente. Hoje, temos consciência de que sofremos as consequências geradas pela própria maneira em que nos relacionamos com a natureza. As emergências climáticas socioambientais se tornam cada vez mais presentes. É importante pensar em alternativas para frear tais mudanças e até recuperar ambientes já prejudicados. Em um contexto de recursos hídricos, o Brasil se destaca por sua abundância, mas nem por isso temos o direito de interferir, modificar e poluir esse meio aquático tão importante e indispensável para diversas necessidades da vida humana. A cidade do Rio de Janeiro entra na estatística com um péssimo histórico de canalizações e despejo inadequado de esgoto em seus corpos hídricos. Ações que geram problemas socioambientais recorrentes na cidade, como é o caso das inundações que afetam principalmente as classes sociais mais vulneráveis. O objetivo projetual é estudar a implementação de um sistema de produção agrícola urbana que seja capaz de melhorar a qualidade de vida dos moradores de comunidades ao mesmo tempo em que contribui para manter o equilíbrio entre as cidades e os espaços verdes. A plantação aliada a equipamentos socioambientais criaria uma dinâmica adequada para um desenvolvimento socioeconômico sustentável da região. Com essa proposta de trabalho busca-se resolver problemáticas no âmbito local como a fome, o déficit nutricional, as inundações frequentes, a poluição dos corpos hídricos, a proliferação e aumento de doenças relacionadas à água e a má alimentação, falta de programas sociais, falta de emprego e falta de lógicas sustentáveis. Já no contexto nacional tenta-se discutir e reduzir questões como desperdício de alimentos, dependência de transporte rodoviário, redução do custo de produção, gasto de água, desigualdade social. Dito isso, como objeto de estudo deste trabalho final foi identificado na cidade do Rio de Janeiro uma comunidade que se insere no contexto e nas problemáticas citadas acima. A comunidade do Rio das Pedras situada entre os bairros de Jacarepaguá e Itanhangá na Zona Oeste surgiu na década de 50 em meio a uma área pantanosa que foi sendo aterrada pelos próprios moradores, retirante nordeste que chegavam em busca de trabalho. A comunidade ficou então delimitada pelo Parque Nacional da Tijuca (a Leste), a Lagoa da Tijuca (a Oeste) e um terreno privado destinado à expansão da Barra da Tijuca (ao Sul). Atualmente a área sofre diversos problemas relacionados a falta de saneamento e degradação dos corpos hídricos das proximidades. A partir da análise histórica e do processamento de dados sobre a região foi alcançado uma proposta de masterplan e um projeto urbano preliminar com soluções para trazer melhorias na qualidade de vida local através de mecanismos sustentáveis.


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