• Autor Nathália de Almeida Christovão
  • Ano 2023/1
  • Coorientador Patrizia Di Trapano
  • Resumo

    O ano de 1964 marcou uma triste época para o Brasil, formando uma rachadura política que até os dias atuais impacta nas estruturas sociais do país. A Ditadura Empresarial Militar brasileira durou 21 anos e contou com o apoio de uma camada conservadora da sociedade. Esse grupo, assim como as ideias que defendiam, não se esvaiu com o fim da Ditadura, pelo contrário: encontra-se vivo e desconexo com a realidade do país. É um grupo que deixou herdeiros, que são vistos hoje, em 2023, pedindo pela volta da Ditadura, pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal, desacreditando (ou até mesmo apoiando) repressão, tortura e a marginalização de opositores.Considerando esse contexto político e social em que o Brasil se encontra, o projeto “Museu da Resistência” tem como objetivo resgatar as memórias desse período. O foco é exaltar a luta e a memória das principais figuras que permitiram ao país a democratização: estudantes, políticos, professores, trabalhadores, entre outros. Levando em conta que a Arquitetura está englobada pela grande área de Ciências Sociais Aplicadas, o projeto em questão torna-se um relevante objeto de estudo porque se propõe a elucidar uma importante fase da história da sociedade em que está inserido. Dessa maneira, a construção cumprirá não só o seu papel programático (um aparato cultural), mas também um papel político, educativo, de levar para a população menos instruída fatos, dados, e espaços que as transportem para o período ditatorial.


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