Este TFG se propõe a analisar a dialética entre a política pública de tutelagem de espaços urbanos da APAC (Área de Proteção do Ambiente Cultural), instrumento de proteção de áreas e bens de valor cultural aplicado pelo município da cidade do Rio de Janeiro, e a percepção pessoal do autor como sujeito da cidade e futuro profissional de arquitetura e urbanismo para além dos elementos visuais. Objetiva-se através deste estudo, em primeiro lugar, fortalecer o reconhecimento da experiência sensorial completa entre os bens patrimoniais e os indivíduos como ferramenta de construção de juízo de valor pessoal e da memória coletiva da sociedade e, em segundo lugar, o estudo pontual do instrumento supracitado no que tange a preservação, conservação e restauração de bens culturais. O tema foi elaborado a partir do reconhecimento de uma área não tutelada pela prefeitura carioca no bairro do Centro, um “corredor”, entre duas áreas da APAC Corredor Cultural. Contudo, dado o histórico de ocupação humana da área, relevância nacional da cidade do Rio de Janeiro e o progresso nas medidas de proteção do patrimônio histórico, estas porções protegidas apresentam similaridades e dicotomias com o “corredor dentro do Corredor”. Entre os pontos de maior potencial analítico está a Rua do Ouvidor, à Sul da Igreja de Nossa Senhora da Candelária, por cruzar áreas protegidas e não protegidas pela ferramenta municipal, espaços híbridos que contêm diferentes camadas temporais e que guardam a história local.