O presente trabalho tem como tema a requalificação do Jardim de Alah, parque histórico localizado na cidade do Rio de Janeiro. Analisar a importância simbólica e arquitetônica do patrimônio cultural, como sua história, valor da memória e qualidade estético-arquitetônica, é o ponto de partida do processo de requalificação (SOLÁ-MORALES, 2001 apud SOTRATTI, 2015). Isso quer dizer que o processo de requalificação deve considerar não apenas o objeto a ser trabalhado, mas também o impacto social que irá provocar. A área de estudo em questão passou por diversas intervenções ao longo dos anos, devido a falta de manutenção por parte do poder público, hoje se encontra em estado de degradação. Em 2003, o Jardim de Alah passou uma grande reforma devido ao péssimo estado no qual se encontrava. O parque se manteve até 2010, quando começaram as obras da Linha 4 do Metrô Rio. Após a obra, uma pequena parcela foi revitalizada, enquanto sua maior parte permaneceu em péssimo estado. A memória afetiva dos moradores dos arredores do parque é o que resta de mais valioso, atualmente. O lugar, pelo seu estado atual, não desperta o interesse dos mais jovens e não o torna um local atrativo. É preciso pensar na função do Jardim de Alah no Rio de Janeiro atual, tanto para a dinâmica da cidade quantos seus objetivos sociais. Sendo um espaço tombado, suas características precisam ser ressaltadas e preservadas. Hoje, após poucas intervenções e inúmeras situações de descaso pelo poder público, o parque tem seu potencial desperdiçado, podendo ser um espaço democrático e plural que agregue positivamente na vivência de seus frequentadores. O Jardim de Alah possui diversas especificidades que o tornam não apenas um parque histórico do Rio de Janeiro, mas também com enorme potencial para ser tornar um importante ponto turístico da cidade. O trabalho visa explorar essas características e propor um projeto que beneficie não apenas os moradores dos arredores, mas toda a cidade.