• Autor Gabriella Soares de Sousa
  • Ano 2019/2
  • Tema(s)
  • Localização -22.954919, -43.685308
  • Coorientador Fernando Minto
  • Resumo

    Um dos maiores problemas da humanidade é o déficit habitacional. Enquanto vê-se cada vez mais empreendimentos imobiliários sendo construídos, nota-se um aumento de pessoas em situação de rua ou vivendo em habitações precárias. Este trabalho visa atender às demandas habitacionais de forma sustentável e acessível, auxiliando a população na questão de moradia. Propõe-se, então, um centro de construção com terra, onde a comunidade terá participação ativa desde a sua concepção. O centro será um local onde a população poderá aprender mais sobre a terra como material construtivo, conhecer as técnicas mais comuns utilizadas na construção e receber apoio de professores e estudantes de Arquitetura e Urbanismo através de assessorias técnicas para construírem suas casas. O local escolhido para a implementação do projeto foi Sepetiba. Localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o bairro abriga cerca de 60 mil habitantes e possui um dos piores índices de desenvolvimento social (IDS) do município, de acordo com o Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos. Durante décadas, Sepetiba vem sofrendo com o descaso do poder público: diversas remoções, construção de habitações precárias, falta de serviços básicos, entre outros. Além de sofrer com o déficit habitacional, Sepetiba possui locais de extração de terra, o que permite melhor funcionamento da proposta, diminuindo custos de transporte. A autoconstrução é muito presente na comunidade. O principal objetivo desta intervenção é capacitar os moradores da região para a construção de edificações sustentáveis e de qualidade. Esta capacitação ocorre através de cursos e oficinas ministrados, principalmente, por professores das Universidades Federal e Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ e UFRRJ). A parceria com as universidades permite, também, que os alunos obtenham uma experiência de imersão no processo de aprendizagem sobre a terra. Partindo do preceito de engajar a comunidade nas atividades do centro, sua concepção se dá através de diversas técnicas construtivas e variadas soluções sustentáveis para resolverem problemas como altas temperaturas. Desta maneira, à medida que o centro for sendo construído pela população em conjunto com alunos e professores, cria-se maior senso de comunidade entre aqueles que ali vivem. As técnicas construtivas com terra empregadas no centro são taipa de pilão, taipa de mão, BTC e adobe; e algumas soluções sustentáveis incluem: painéis foto voltaicos, captação de águas pluviais, ventilação cruzada, poço provençal, etc.


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