• Autor Vinicius Tavares Alvares de Lima
  • Ano 2019/1
  • Localização -22.893533, -43.124406
  • Coorientador João Folly
  • Resumo

    O movimento pendular nas cidades é pauta de muitos estudos contemporâneos. Como eles acon- tecem, porque, quem são essas pessoas que migram todos os dias são algumas das perguntas mais comuns. Estudar esses movimentos significa estudar a vida na cidade e como ela se comporta, uma vez que pessoas moram cada vez mais longe do trabalho por conta de inúmeros fatores, como o espraiamento da densidade urbana, a degradação e falta de investimentos nos centros, etc. Dessa forma, há maior demanda por mobilidade devido às distâncias maiores e espaços cada vez mais tran- sitórios de ida e vinda para e do trabalho. Dada a importância do movimento pendular e sua maior intensidade com o passar dos anos, o IBGE adotou o que chamou “de lá pra cá”, em que a movimentação dos trabalhadores e estudantes define se as cidades têm relação intensa. Chamou ainda de “arranjo populacional” como um novo conceito que estabelece conjuntos de dois ou mais municípios que tenham parcelas significativas das populações fazendo movimentos pendulares. O projeto urbano trata de reconhecer essa área central do município de Niterói, especificamente a localidade da Praça Araribóia e seu entorno onde se encontra a estação das barcas, como forma tanto de promover qualidade no caminhar dessas pes- soas bem como de conferir uma maior capacidade identitária à porta de entrada da cidade palco do movimento pendular. Portanto, a priorização do pedestre perante o automóvel se faz fundamental nesse projeto, bem como o entendimento de seus fluxos para liberação de novas passagens acompanhadas de usos que confiram breve e média permanências com criação de pequenas praças e estares. Ainda, o entendimento da contribuição da história local com sua tradição marítima bem como a con- tribuição das arquiteturas existentes como meio fundamental de ligação com as calçadas e a inter- ação dessas como meio de conexão entre os setores de transporte, como forma de criar um sistema integrado de espaço público, atualmente visto de forma desintegrada.


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