• Autor Marcos Roberto Pavão de Souza
  • Ano 2019/1
  • Localização -22.9062, -43.18254
  • Resumo

    Praça Tiradentes, ressaca pós-olímpica e a promessa de um prédio que viria a ser o primeiro hotel de luxo do centro do Rio de Janeiro. O Hotel Paris, construído no começo do século XX, já foi casa, escritório, morada de artistas e prostíbulo. Hoje, inabitado, busca por uma nova possibilidade de futuro. Hotel Paris no nosso imaginário literário - como aparece no conto Casa de Pensão, de Aluísio Azevedo - já era um lugar associado a festas, ao luxo e cabarés, então não por coincidência foi esse o nome dado ao prédio nos anos 30, quando o teatro de revista ainda era sucesso e a Tiradentes a praça mais festiva do Brasil. Anos depois já funcionava abertamente como prostíbulo. Viveu seus momentos de glória e também de plena decadência, que muito se relaciona com a trajetória da própria praça. Em 2011 as prostitutas tiveram que se mudar. Durante o processo de revitalização da Praça Tiradentes e seu boom de investimentos, o prédio foi comprado pelo grupo hoteleiro dos irmãos Dussol, que pretendiam fazer dele um hotel boutique, porém o projeto nunca saiu do papel. Hoje o Hotel Paris agoniza. Investigando a densa atmosfera cor de rosa do prédio, é possível achar diversas camadas de memória de um lugar que sempre se reinventou. Casa das prostitutas, sede da DASPU, palco de exposições e peças de teatro; tudo isso registrado em suas paredes. Mergulhando em seu potencial cultural, o projeto pretende transformar o Hotel Paris em uma residência artística que aqueça a Praça Tiradentes e que faça desse lugar, no coração da metrópole, um palco de experimentações. Para além de reabilitá-lo, respeitando as suas camadas de história.


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