Resumo
O LIMITE DO LIMITE. UM ENSAIO NO TERRITÓRIO DA VIA LIGHT é resultado de um processo experimental, que gerou produtos que tem como objetivo principal instigar sobre a condição de fronteira entre arquitetura e espaço público. Bem como seu título, se divide em duas partes, buscando com o exercício propositivo falar sobre a questão principal que é a noção de limite em si. Ao procurar os limites de algo, procura-se. Assume-se sua existência. Sendo assim, o trabalho propõe uma investigação dos limites urbanos, àqueles entre a arquitetura e a não-arquitetura. A proposta projetual é uma tentativa de produzir uma arquitetura absoluta¹ que pretende designar a transição entre o espaço público e privado, buscando ser em si limite e travessia. O trabalho procurou investigar - através de projeto - o território formado na periferia metropolitana do Rio de Janeiro, buscando entender como os espaços limítrofes entre os domínios público e privado se conformam neste tipo de ambiente urbano. A investigação parte do limite administrativo continental da metrópole do Rio de Janeiro, analisando como as infraestruturas de transporte, esgoto e iluminação - que apesar de cumprirem seu papel estrutural - também funcionam como elementos fragmentadores de espaços e por muitas vezes configuram-se como a fronteira em si entre os municípios. Apesar de crítica, a proposta não pretende focar no caráter de denúncia das negligências do poder público, mas propõe questionar como o campo da arquitetura pode lidar com esses conceitos e criar espaços públicos na periferia de modo que a sua ativação torne possível o habitar do subúrbio em sua integralidade, de certa forma emancipando-o do centro da metrópole. Além disso, esforça-se para não reproduzir a tendência de desqualificação do vazio, que sempre é pensado como negação ao cheio, entendendo-o como essencial para a consolidação da ambiência de cidade.
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