• Territórios de prostituição e direito à cidade: uma intervenção urbana na Vila Mimosa retornar à pesquisa
  • Autor Maria Luiza Conrado de Niemeyer Soares Carneiro Chaves
  • Ano 2019/1
  • Localização -22.908333, -43.215833
  • Resumo

    Em um cenário onde a prática da prostituição passa a ser regulamentada, o presente trabalho trata de uma experiência de intervenção urbana na Vila Mimosa, histórica área de prostituição carioca. Em um primeiro momento, foram traçadas reflexões sobre o que simboliza o estigmatizado bairro e seu recorte de gênero dentro do tecido urbano do Rio de Janeiro. A partir da experiência de um projeto participativo com as mulheres que trabalham atualmente na Vila (que contou com visitas técnicas, entrevistas, além de mapas e desenhos desenvolvidos pelas trabalhadoras do sexo) e de uma análise comparativa entre 4 territórios de prostituição (Campinas, Belém, Amsterdã e Hamburgo), foram levantadas hipóteses sobre o que representa levar outros tipos de atividades para o local. O trabalho foi desenvolvido em três escalas: o bairro - a rua - a casa de prostituição. Sob a lente do bairro, tem-se como resultado um plano geral urbano feito a partir do levantamento de terrenos vazios ou subutilizados e que contempla a condensação de necessidades do local dispostas numa lógica de sistema de espaços articulados a partir dos programas propostos (sindicato, casa de acolhimento para mulheres trans, centro de saúde, memorial da prostituição, centro cultural, entre outros). Na escala intermediária, buscou-se compreender de que maneira a rua - onde se dá majoritariamente o primeiro contato das mulheres com a prática da prostituição - poderia melhor atender profissionais autônomas através de estratégias como iluminação pública difusa, readequação do passeio público e inserção de mobiliários adequados. Por fim, foi estudado como os galpões onde estão localizadas as casas de prostituição foram inicialmente ocupados (dimensionamento, funcionamento, hierarquia de espaços) para então propor um novo tipo de ocupação, dentro de uma lógica de economia de materiais, no qual as trabalhadoras do sexo possam se organizar de forma autônoma.


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