O projeto surge a partir de uma inquietação por compreender a lógica e dinâmica por trás dos grandes mercados e edificações que abastecem as cidades, entendendo a importância destes espaços não apenas como elementos vitais para o cotidiano dessas cidades, mas como objetos arquitetônicos que refletem parte da história e da cultura local e são extremamente importantes para as relações sociais, o projeto visa criar uma edificação a fim de comportar o mais novo mercado central na região metropolitana do Rio de Janeiro. Localizado no bairro da Praça da Bandeira, o terreno foi escolhido pela proximidade aos pontos de meios transportes públicos como os trens da SuperVia, o Metrô Rio e diversas paradas de ônibus nas proximidades, o que facilita o acesso das pessoas oriundas de diferentes regiões e zonas, além de estar no acesso ao centro do RJ, o que facilita e torna rápida a entrada e saída de mercadorias pelas principais rodovias da cidade. O Edifício da Leopoldina, que voltaria a funcionar como estação final do projeto de trem expresso Rio x São Paulo, foi o grande norteador do desenvolvimento formal da nova edificação, que por sua vez possui sua implantação pensada de forma a manter uma continuidade espacial interna e externa com a estação, incluindo os alinhamentos marcados na fachada a partir das linhas de força contidas na preexistência e nos ambientes internos que possuem as mesmas dimensões da estação, porém com um desenho mais contemporâneo e uma materialidade mais moderna, compreendendo e respeitando a importância desta antiga edificação, mas destacando um novo momento na história, na arquitetura e principalmente visando proporcionar ao usuário novas experiências, a partir, das relações entre as pessoas, a arquitetura, a história e o alimento.