• Da Nelson Mandela ao Morro São João: Diluindo as Dicotomias na Produção do Espaço Urbano retornar à pesquisa
  • Autor Ana Clara de Araujo Albuquerque
  • Ano 2019/1
  • Localização -22.956382, -43.181518
  • Orientador Ayara Mendo
  • Resumo

    Este trabalho parte de inquietações pessoais sobre a necessidade de entender e revisar o papel crítico da arquitetura e dos arquitetos em relação às cidades e áreas urbanas nos tempos atuais. Entendendo um mundo que se mostra cada dia mais urbano gerando cidades e sociedades cada vez mais complexas o trabalho é guiado por alguns questionamentos desse viés e se desenvolve de maneira experimental buscando entender e abordar essas questões. O estudo de caso é realizado no bairro de botafogo na trama urbana próxima às saídas do metrô, à Rua da Passagem e ao Shopping Rio Sul. Mais especificamente no eixo que se prolonga da Rua Nelson Mandela à Rua Fernandes Guimarães em seu encerramento no enorme organismo verde do Morro São João. O objeto que se desenvolveu neste tfg visa questionar a situação histórica de espaços públicos subutilizados dentro do tecido urbano por causas politicas e econômicas que vem sendo denunciadas e ativadas pela sociedade civil. Dessa forma, o objeto nasce do estudo e observação de um grupo de cidadãos, a Associação de Moradores do bairro de Botafogo, engajados politicamente no resgate de um espaço público que lhes foi negado por decisões incoerentes e pouco democráticas no âmbito do planejamento urbano do bairro. Dispositivo suporte: uma operação arquitetônica que almeja dar voz aos espaços de resistência e empoderar os corpos que habitam a cidade. É proposta uma prótese temporária que articula o tecido urbano à orografia natural do morro e que será usada até que o poder público construa os equipamentos públicos prometidos. Uma estrutura metálica permeável que se apoia sobre o Morro São João, criando novas paisagens urbanas e abrigando um programa flexível cultural e comercial que poderá ser autogestionado pela sociedade civil. Pensando o objeto arquitetônico temporário como uma compensação à inatividade e ineficiência do Estado e do planejamento urbano anunciado. Após o tempo necessário para resolução das burocracias estatais os dispositivos serão retirados e as vigas metálicas poderão ser reutilizadas.


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