• Autor Nathan Marzulo Maia Martins
  • Ano 2018/2
  • Localização -22.952694, -43.183778
  • Resumo

    Explicação sobre Cicatriz Urbana Formas distintas de cicatrizes pela cidade foram resultados do processo construtivo do Cut and Cover (cavar, formar e estruturar o túnel e depois cobrir), que foi mantido como forma de construção primária do Metrô Rio até meados de 2010. Com o traçado do metrô definido em projeto, houve diferentes formas de conflitos entre o caminho que o mesmo seguiria e a cidade já consolidada. Cada etapa concluída da expansão do metrô pode ser observada pelas cicatrizes deixadas: -Ruas alargadas com instalação de respiradouros nas calçadas com ocupação de acessos às estações nas calçadas ou em lotes desapropriados; -Penetração diagonal de quadras, com rasgos que resultaram em espaços mortos com empenas cegas voltadas para os mesmos); -Cicatrizes entre ruas paralelas, gerando espaços murados ou becos; -Criação de praças a partir da desapropriação de quadras inteiras, com risco de vandalização desses espaços por falta de ou tardia construção de identidade em relação à população local, com itens de acessos às estações ou deformação de praças consolidadas com modificação do seu desenho original para a instalação de equipamentos do metrô como os acessos às estações, estruturas de aporte para as mesmas, respiradouros, etc. Sobre A área está inserida no bairro de Botafogo, bairro de hegemonia residencial multifamiliar, com térreo variando entre estar voltado para comércio ou não, abastecido com clínicas e hospitais, centros culturais e museus, conta também com centros empresariais como os da Praia de Botafogo, escolas de ensino fundamental e médio públicas e privadas e proximidade a instituições de ensino em nível superior como a UFRJ e UNIRIO. A Cicatriz escolhida para o projeto é um rasgo que começa num trecho da Rua Nelson Mandela, passa num terreno entre as Ruas General Polidoro e Professor Álvaro Rodrigues e termina na Praça Compositor Mauro Duarte, essa cicatriz em questão conta com pontos de distribuição por toda a cidade ou de possível baldeação, com metrô a partir da estação de Botafogo. A dificultante deste projeto fica portanto sendo o túnel do metrô feito sobre o processo construtivo cut and cover, então cria-se uma faixa não-edificante a nível do solo. Projeto A concepção parte da ideia de edificar o grande terreno e recompor o entorno pensando nos fluxos e na distribuição espacial, cumprindo demandas por residência, por polo cultural e educacional e ainda fornecer infraestrutura para situar espaços comerciais. O objetivo da construção da edificação é garantir a manutenção dos espaços públicos gerados pela zona não-edificante, da ligação do trecho da Rua Nelson Mandela com a Praça Compositor Mauro Duarte. Foram então divididas em 3 zonas: A zona primária que é a de distribuição, que é da saída da estação do metrô de Botafogo, com pequenas intervenções para melhoria da circulação, ampliação da calçada e inclusão de um bicicletário. A zona central é da edificação, um edifício misto que contempla uma pluralidade de funções mutáveis de acordo com a necessidade temporal e espaços livres ocupados por follies, e esses mesmos, que são equipamentos fixos de função indeterminada se expandem tanto para a zona primária quanto para a zona final. Essa zona final é a da Praça Compositor Mauro Duarte, ela foi recomposta e modificada, mesclando equipamentos de permanência com áreas de exploração livre pelos próprios usuários.


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