• Autor Bianca do Espírito Santo Ferreira
  • Ano 2018/2
  • Localização -22.910386, -43.176816
  • Resumo

    A identidade imposta à cidade do Rio de Janeiro foi fundamentada e expressada na paisagem natural simbolizada e nos lugares em que a paisagem é encontrada. Tal identidade não surgiu do acaso. Nota-se que políticas públicas de exclusão e segregação socioespacial – baseadas em discursos de provisão de moradias e melhorias urbanas – mobilizaram a paisagem carioca e contribuíram para a reforçar a narrativa hegemônica representativa da cidade “maravilhosa” do Rio de Janeiro. Entretanto, neste contexto de hegemonia pode-se observar a existência de movimentos de reivindicação e contestação urbana que têm mobilizado a paisagem na luta por direitos e demandas por reconhecimento, visibilidade e pertencimento social como é o caso do Movimento Nacional de Luta pela Moradia e a Ocupação Manuel Congo, foco principal do presente trabalho. Em suma, busca-se – a partir do entendimento da paisagem como lócus de disputas e apropriações – expor de que forma e baseada em que discursos, a paisagem carioca é mobilizada por diferentes agentes (hegemônicos e contestatórios) com diferentes intencionalidades materiais e simbólicas.


Universidade Federal do Rio de Janeiro - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Midiateca FAU/UFRJ 2019 ® | Todas as imagens protegidas por direitos autorais.