O cinema de rua foi e é um agente de transformação para as dinâmicas urbanas e ao longo dos anos a espacialidade interna e também o local onde o cinema está inserido muda completamente o seu caráter, muda como ele se relaciona com o seu entorno e também com o público. A força que esse equipamento exerce sobre o espaço urbano é forte e de extrema importância, pois proporciona encontros e experiências em comunidade, uma vez que mesmo indo ao cinema sem companhia, a experiência é compartilhada entre os espectadores presentes. Em meio a um mar de cinemas no estilo multiplex cerceados pelo ambiente de shopping centers, o projeto propõe a reativação do Cine Tijuca Palace no bairro da Tijuca através de sua releitura. Com a criação de uma rua interna na quadra, um cinema de galeria ganha outro caráter, podendo ser considerado um cinema de rua aonde cada sala de cinema recebe uma fachada única, proporcionando a percepção de ser ter vários cinemas distintos um ao lado do outro como na época em que o bairro foi considerado a segunda Cinelândia carioca. Junto ao protagonista da proposta, outros elementos são levados em conta para dar força ao projeto e através disso é dividido em 4 momentos: A Galeria, O Cinema, A Praça e o Galpão. São espaços que são uma transição de uma ponta da quadra até a outra e que dialogam entre si apesar de terem caráter diferentes. As aberturas e materialidades empregadas também permitem uma interação maior com a novas fachadas e demais visadas da cidade, proporcionando um espaço de qualidade e lazer que fuja a opção do shopping local.