O objeto de estudo, território configurado pelo terminal rodoviário de Viçosa e seu entorno, em Minas Gerais, Brasil, apresentam as complexidades e conflitos pelos quais passam uma cidade que cresce com falhas em seu planejamento que resultam em fragmentos de cidade que não se articulam e competem entre si. Se por um lado o Município é conhecido pela Universidade Federal de Viçosa, por outro, é ela que recebe maior atenção do Estado e proporciona espaços de diversidade, lazer, e cultura na cidade. Embora seja uma cidade de médio/pequeno porte, com aproximadamente 70 mil habitantes, os conflitos encontrados em Viçosa são grandes. Um centro bastante movimentado que enfrenta sérios problemas de mobilidade, cortado pelo Ribeirão São Bartolomeu, que orientou a ocupação do território, mas que hoje é apenas um fio d'água. Esquecido por todos, hoje faz os fundos dos lotes, e recebe o descarregamento de esgoto e dejetos inapropriadamente sem qualquer tipo de tratamento. O estudo, que surge então com a necessidade de pensar um novo equipamento para o atual e precário terminal rodoviário, tornou-se em uma oportunidade de investigar e propor soluções para o território do terminal - e suas adjacências - que atualmente enfrenta ferrenhas críticas por estar localizado no centro da cidade. As atuais perspectivas em relação a posição do terminal rodoviário de viçosa sob o ponto de vista do planejamento local e os interesses do setor imobiliário pressionam. O projeto é então um questionamento: e se o terminal ali continuasse e, mais que isso, pensasse um novo conjunto de propostas capaz de conduzir um novo olhar e atuação sobre a problemática encontrada? E se “o não lugar”, como foram por muito tempo enxergados os terminais, fosse transformado em um lugar de encontros e de ampla capacidade de usos pela sociedade?