Apesar da Central do Brasil se localizar em um ponto estratégico na cidade do Rio de Janeiro, a região sofre com o descaso e abandono pelas autoridades. Todavia se mantém viva, com um fluxo contínuo de pessoas e atividades comerciais de diversas categorias. Os transportes públicos (trem, metro, onibus, teleférico e vlt) e suas conexoes contribuem com a rotatividade de pessoas, dia e noite, tornando a região ainda mais importante. A resposta às problemáticas do lugar vem através de um edifício híbrido, que cumpra uma função pública e social, com a intenção de gerar empregos e melhorar a economia local, visando atender tanto a necessidade dos locais quanto dos usuários metropolitanos. O edifício do Mercado Popular se desenvolve através de diferentes espaços de apropriação. No térreo se encontram pequenas bancadas de venda, com espaço para estoque e armazenamento de produtos. A escada de acesso ao segundo pavimento se torna um mobiliário com arquibancada, escadas rolantes e lockers. No segundo pavimento foram dispostos os programas com maior controle de acesso. As áreas técnicas e administrativas, a estaçao do teleférico e banheiros. O espaço livre se torna a ideia central do projeto, sendo o local de apropriação para o acontecimento das atividades comerciais, localizadas em planta baixa, nos espaços livres do térreo e também no segundo pavimento.