• Autor Rodrigo Dos Santos de Matos
  • Ano 2018/1
  • Localização -22.908023, -43.211527
  • Orientador Miriam Lins
  • Resumo

    O projeto parte do entendimento dos processos que levaram a conformação espacial da região da Avenida Francisco Bicalho. Nesse sentido, entende-se que a forma como se deu a organização espacial da cidade e sua expansão sem um planejamento eficiente, resultaram nos problemas de hoje. Essa expansão teve grande apoio do transporte ferroviário em um prmeiro momento, e em seguida do massivo investimento em infra estruturas viárias. A área em questão sofre atualmente a consequencia de um modelo de expansão centralizado, que buscou pouco estruturar e dar condições para as áreas periféricas se desenvolverem. Essa dependência cria um forte movimento pendular causando impactos fortes no trânsito da cidade , na qualidade ambiental, e na qualidade de vida das pessoas. Com isso o projeto transforma um grande terreno fechado e voltado para o seu interior, em um grande parque público que tem como objetivo canalizar os fluxos de pessoas, articulando-os com o entorno. O parque possui função de mitigar os efeitos das fortes chuvas e da excessiva impermeabilização do solo ao longo dos anos. Utilizando o que seria um problema como elemento estruturador. Baseado no conceito de infra estrutura verde, bacias de retenção se articulam com outras tipologias como canteiros drenantes e biovaletas posicionados no entorno para a maior eficiência do sistema proposto. O parque coloca o usuário em contato direto com o ciclo da água e dos processos de fitorremediação, proporcionando um espaço em constante mudança e nunca estático assim como a natureza. Outro ponto que estrutura o projeto é o estímulo à percepção do espaço e dos elementos que o conformam, sensibilizando e despertando no usuário uma consciência urbana. O projeto busca através de diversos níveis e formas de caminhar, gerar visadas e pontos focais que contribuam para esse objetivo. Além do parque, são propostas novas ocupações ao seu redor, baseado no conceito da cidade compacta, estimulando a conformação de um senso de vizinhança. Usos mistos são estimulados com foco no uso habitacional como resposta a baixa densidade populacional da região e com o objetivo de diversificar os usos e perfis dos que por ali transitarem e/ou residirem. Busca-se também a requalificação do entorno imediato com o projeto. Na região da vila mimosa propõe-se o retrofit e a utilização de edificações existentes para usos educacionais (ensino técnico e ensino básico), assim como a utilização de imóveis vazios para a realocação de pessoas por possíveis remoções para a execução do projeto, assim como melhorias nas travessias da Av. Francisco Bicalho e da Praça da Bandeira. A conexão com a praça da bandeira se dá através de abertura sob linha férrea, possibilitando a convergência de dois pontos de grande presença de pessoas (leopoldina - praça da bandeira), e da estação de trem, que propõe-se articular com a linha 2 do metrô.


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