• Essa rua não é minha: a (não) inserção da infância no processo de produção da cidade retornar à pesquisa
  • Autor Paula Barreto Alves
  • Ano 2018/1
  • Resumo

    A inserção da infância no processo de produção da cidade, a partir do entendimento de qual é, atualmente, o papel social destinado à infância nos espaços produzidos de nossas cidades é o debate pretendido neste Trabalho Final de Graduação. Para tal, são observadas as experiências de três diferentes grupos de crianças, visando criar um diálogo entre criança e pesquisador. A partir da produção de desenhos pelas crianças, estudou-se quais são os elementos arquitetônicos e urbanos que vivenciam ao experimentar o espaço da cidade, visando contribuir para o estudo de como a infância se relaciona com o espaço construído, e como as relações sociais estabelecidas na infância se materializam no espaço, qualificando o mesmo e o transformando. Para uma inserção da infância em nosso processo de produção, analisa-se a forma de representar da criança com o intuito de entender qual é o motivador da mesma, de modo que seja repensado não somente o desenho do arquiteto e urbanista tradicional como projeto, mas também como ferramenta de comunicação. Assim, percebe-se que o desenho da criança parte de uma ótica de relações afetivas, enquanto o do arquiteto e urbanista atende a uma relação de poder econômico e político. Este estudo ressalta, então, a importância de, olhando para o desenho da infância, incorporar na produção do campo da Arquitetura e do Urbanismo outros desenhos possíveis. O desenho do arquiteto atual não responde a todas as relações de poder da sociedade, porém, repensar o mesmo torna possível que o poder seja distribuído, gerando espaços que atendam as especificidades das vivências de outros grupos sociais, ignorando o viés de inferioridade e invisibilidade, e inserindo-os no debate a partir de uma perspectiva de reciprocidade.


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