• Autor Maria Clara Asterio de Castro Guerra
  • Ano 2018/1
  • Localização -22.9571234, -43.1892295
  • Resumo

    O ensaio tem como base angustias relacionadas ao contexto urbano atual, onde mudanças sustentadas pelo consumo alteram a cidade e as relações, bem como a liberdade do indivíduo. A região de Botafogo cresce vertiginosamente em novos empreendimentos habitacionais, que alteram (ainda) parcialmente uma situação urbana em que sobrados e comércios de pequeno porte se apresentam em grande escala. A pesquisa parte do interior de edificações que conferem apartamentos eficientes, porém mínimos e inflexíveis, nos quais a vontade do projetista sobrepõe a liberdade de quem habita. Em segundo momento, trata das relações estabelecidas entre o modelo básico apresentado pelos novos empreendimentos e a cidade que “sobra”, que se molda pelos mesmos. E, a partir de compreensões adquiridas, instaura-se a discussão acerca de um sistema construtivo voltado para si e desenvolvido com base no máximo lucro e como/quando seu processo de ocupação na cidade é bloqueado. Dessa forma, estuda-se como a eficiência do mercado confronta determinados pontos de memória da cidade, e, pelo absurdo, projeta-se o cenário que conhecemos sendo derrotado pelo obediente. Nesse processo, instaura-se a premissa Eficiência x Memória, com base no cemitério São João Batista atuando como enorme área não produtiva, mas intacta e intocada, com força suficiente para afetar o sistema lucrativo de modo a bloquear sua ocupação acelerada sem ser abalado pelo mesmo. Assim, por meio da criação de um contexto extremo onde tudo se transforma em valor de troca, identificam-se cinco questões que guardam e produzem memória na cidade: Museu, Tumba, Obelisco, Cartão Postal e Altar.


Universidade Federal do Rio de Janeiro - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Midiateca FAU/UFRJ 2019 ® | Todas as imagens protegidas por direitos autorais.