• Autor Marina Amaral
  • Ano 2017/2
  • Resumo

    O presente trabalho final de graduação investiga a ação de caminhar enquanto deriva e sua relevância como modo de apreensão do espaço - reconhecido como apropriação das pessoas e portanto, um “espaço vivido” (LEFEBVRE, 1974) - e assim busca refletir sobre o papel do arquiteto-urbanista enquanto profissional que atua diretamente na cidade. O ato de caminhar permite a experiência do lugar, revelando inúmeras dimensões da paisagem urbana a serem reconhecidas a partir do corpo, numa relação em que a subjetividade (e a intersubjetividade) são fundamentais. Nesta investigação importam não só os elementos construídos e seus interstícios, mas outras dimensões como, por exemplo, a paisagem sonora e ainda mais importante os outros e seu modo de vivências, se apropriar dos espaços. Este trabalho tem como objeto as possibilidades de mapear, representar estas experiências de deriva, e reconhece estas produções, em que a subjetividade está envolvida, como ações, criações, escritas do sítio potencialmente poéticas. Assim, é parte deste trabalho compreender como apreender, representar e interpretar situações que despertaram especial interesse durante a caminhada. A deriva como estratégia de apreensão do espaço, será aplicada em um área da cidade a ser estudada – São Cristóvão. A realização da experiência busca reconhecer a caminhada errática como um instrumento útil ao arquiteto- urbanista que o possibilite reconhecer dimensões não naturalizadas da paisagem.


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