• Autor Eduardo Balthazar Melo Villela
  • Ano 2017/1
  • Localização -22.900852, -43.199644
  • Coorientador Pedro Varella
  • Resumo

    “Assim é o pátio. O pátio é um lugar de encontro tão mental, quanto físico. Mesmo que o atravesse na chuva, você estabelecerá com ele uma associação mais intensa do que a real.”

    Louis I. Kahn .

    A partir da percepção de uma vontade dos moradores de um edifício tombado no bairro de Santo Cristo na Região Portuária do Rio de Janeiro de usufruir do terreno vazio em frente à sua fachada posterior na forma atual de varandas e anexos produzidos pelos próprios habitantes, o projeto tem a intenção de formalizar tal vontade de modo a espelhar o edifício em outro de volume similar e o crucial espaço entre eles em novo pátio de uso comum às duas temporalidades, e por sua combinação, criadora de um terceiro momento; nas palavras dos arquitetos franceses Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal:

    ”O bem estar, mas também os sonhos da sociedade contemporânea, parecem depender da maneira em que uma situação existente encontra uma nova situação, duas temporalidades, dois estados mentais.”

    O habitar em suas mais diversas formas convivem aqui nestes espaços nem públicos nem privados, mas apropriados pelos próprios moradores no ato simples e potente de habitar.

    Tais relações e associações requerem uma certa indefinição de uso e uma estrutura livre e flexível a fim de se relacionar com o ambiente de forma aberta e transparente, de limites físicos fluidos assim como os do público e do privado e como os próprios limites do projeto com a cidade, onde há uma clara continuidade e diluição com seu entorno.


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