O projeto tem como objetivo principal a requalificação de vazios urbanos localizados no hiato entre a Central do Brasil e o Morro da Providência, na cidade no Rio de Janeiro. Tendo em vista a necessidade de dar novos usos à terrenos vazios e/ou subutilizados, viu-se necessário o redesenho das quadras contidas neste limite, dando preferência aos usos residenciais e de integração dos vastos modais existentes (trem, metro, ônibus, teleférico e vlt). É importante frisar a trajetória histórica da área, que sofre uma constante supressão de seu traçado urbano original, desde incio do século XX até os dias atuais, devido, principalmente à expansão ferroviária da Central do Brasil e outros mobais de transporte urbano, e a exploração de minérios na Pedreira do Morro da Providência. A primeira medida projetual foi a avaliação dos elementos construídos existentes e sua reorganização espacial. A rodoviária foi trazida para mais próximo a saída da Central, com o intuito de fazer uma maior integração entre todos os modais existentes no local. As edificações existentes (sobrados) se encontram, em sua maioria, em alto estado de degradação e impossibilitadas de receber qualquer restauração. Portanto, optou-se pelo remanejamento destas famílias para novas unidades habitacionais dentro do limite do projeto. Uma nova distribuição para a rodoviária e o estacionamento dos ônibus - anteriormente localizado no grande vazio da pedreira da Providência - foi necessária, abrindo espaço para novas quadras e fluxos. Para melhor acesso às plataformas da Nova Rodoviária e maior segurança dos usuários, foi proposto um atravessamento através de uma laje de distribuição, dando acesso aos pontos terminais dos ônibus e à quadra residencial. Ao longo deste trajeto, três frentes de projeto foram determinadas: a frente de transportes, a residencial e a frente de parque, onde a terceira fará parte de um segundo momento no faseamento do projeto. A Ideia é que o espaço seja destinado para o uso público e de lazer, de grande escassez na região.