O presente trabalho trata do tema diálogo novo-antigo através da inserção de um edifício contemporâneo anexo a uma casa arruinada no bairro de Laranjeiras. A proposta é reforçar o uso contemporâneo dessa edificação – que atualmente funciona como espaço expositivo e de eventos – além de conservar a ruína em seu estado, valorizando o caráter de antiguidade, de passagem do tempo, e de lugar de memória. Como intenção projetual, além da preservação e protagonismo da ruína e intervenções que utilizem técnicas contemporâneas para destacar a ruína por meio do contraste de tempos, é proposta uma experiência fenomenológica. A luz, o cheiro, a textura, o tato, o ruído, a lembrança... O percurso pela ruína ativa todos os sentidos. Para tal, o projeto tem como partido: a fruição do conjunto fenômeno ruína-nova edificação explorando a experiência e buscando sua ressignificação como o espaço da arte da construção da arte e da fotografia. Assim, é desejo valorizar e reinterpretar o caráter espacial de ambiguidade interior-exterior da ruína e sua condição material de modo explícito.