O bairro São Cristóvão recebeu posição de destaque no Rio de Janeiro após a mudança do príncipe regente D. João VI para o local adotando a Quinta da Boa Vista como sua residência. Mais adiante, ao longo do reinado de D. Pedro II, iniciou-se num processo de modernização e industrialização da cidade e São Cristóvão deixou de ser um bairro residencial. Durante o século XX a atividade fabril foi a principal no bairro e depois, com a abertura da Av. Brasil, vieram mais indústrias que atraíam imigrantes em busca de trabalho. Parte desses imigrantes era de uma classe mais elevada e migrou para a zona sul da cidade havendo então um processo de ocupação desordenada e favelização das áreas em torno das fábricas. A implantação da linha vermelha sobre a rua Figueira de Melo trouxe grandes conseqüências para o bairro. A falta de iluminação, a DESVALORIZAÇÃO DOS IMÓVEIS E SUAS CONSEQUENTES DEGRADAÇÕES, a poluição sonora e visual são problemas enfrentados desde então. O interesse pela área se deu a partir do Atelier Integrado 2, em que depois de algumas análises foi concluído que o local era propício para abrigar centros universitários por estar em uma localização privilegiada na cidade, próximo a grandes núcleos educacionais e com grande quantidade de transportes públicos. A escolha do tema REVITALIZAÇÃO foi definida após localizar bens abandonados inseridos na área 1 da APAC em São Cristóvão, além de uma pesquisa de necessidades de um local que pudesse abrigar os cursos de especialização e extensão do CLA – Centro de Letras e Artes - da UFRJ que muitas vezes deixam de ser ministrados por não haver lugar para tal. O Centro de Cursos de Extensão e Especialização da UFRJ oferece também oficinas e cursos mais simples para a comunidade local. Essa parceria serve como estímulo para que mais lugares como este sejam propagados no bairro, já que a população local é tão carente desses espaços.