• Autor Enzo de Oliveira Dornellas
  • Ano 2014/1
  • Localização -22.906751, -43.178963
  • Resumo

    A Igreja de São Francisco da Penitência também funciona nos dias de hoje como um pequeno Museu de Arte Sacra, já que é possuidora de um dos maiores acervos da arte barroca no Rio de Janeiro. Contudo, as condições de exibição das peças, acesso e informação pública não são adequadas para a relevância que as obras têm para a história da nossa arte. Por isso, percebeu-se a necessidade de adequação desse museu para comportar de maneira mais apropriada o importante acervo que ele possui. E, portanto, criada a concepção do Museu de Arte Sacra da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. O Projeto foi pensado para o atual “Espaço Franciscano”, que pertence à Ordem Terceira e ainda possui marcas da história do local. A área total tem aproximadamente 1.013,00m² e contém quatro elementos arquitetônicos principais remanescentes da história do Espaço, são eles: A arcada frontal, que na verdade corresponde à fachada de fundos do hospital que ali existiu; A fachada da caixa d’água, em estilo neoclássico e com o brasão da Ordem Terceira; A fonte, elemento do jardim de fundos que havia no hospital; E o arquivo, com área interna de aproximadamente 150,00m², tem azulejaria original e contém o cofre da Ordem. Dois critérios principais foram adotados para a conformação do projeto do Museu, o gabarito de altura e a visualização dos elementos internos. O gabarito foi pensado para que a visualização plena do Complexo Arquitetônico do Convento de Santo Antônio pelo pedestre não fosse bloqueada pela altura do Museu. E, foram definidas visadas internas que valorizassem os quatro elementos arquitetônicos do local, de modo que o museu respeitasse esses cones visuais. A edificação respeita a paisagem do centro da cidade e da história que o emoldura, sem a intenção de se destacar na relação com o Convento por quem a vê sobre o ângulo externo de quem passa pelo Largo da Carioca ou das ruas do entorno, por outro lado, a valorização da vista do interior para o exterior do museu é estimulada através da criação de um terraço, que se apropria de forma positiva das pré-existências arquitetônicas, e da manutenção da transparência dos arcos da fachada frontal. O percurso dentro do Museu é fluido e amplo, para que a fruição esteja sempre presente nos seus visitantes.


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