• Autor Caroline Rutigliane Sampaio
  • Ano 2013/1
  • Resumo

    A proposta para intervenção na área surgiu após diversas visitas a cidade e analise de sua atual transformação. O bairro Boca do Rio, onde está inserida a área de estudo, está localizado em uma área central de Salvador, de fácil acesso e grande visibilidade. De acordo com o novo Plano Diretor da Cidade, assinado em 2012, a orla de Salvador precisa ser valorizada e como ponto principal dessa valorização existe a proposta de implementação do PARQUE ATLÂNTICO no terreno em questão. A capital baiana desenvolveu-se, como tantas outras cidades, através das vias que cortavam o município. Assim, muitos bairros foram sendo delimitados pelas vias e o mar, ou a baía. Porém, em alguns casos, o mar, tão famoso em musicas e poesias dos mais diversos artistas baianos, teve seu valor negado. Esse cenário é o que ocorre na área em questão. Além da valorização da orla, a região passa por uma forte verticalização de suas edificações devido a nova legislação vigente. Podendo assim dizer, que o atual bairro terá sua população triplicada com essas mudanças. Em meio a esse perfil, de negação, ocupação e valorização, encontramos o terreno que possui diversas peculiaridades. Essa, é a única região, onde a via oceânica contorna uma área com características usuais, deixando-a conectada diretamente com o mar. A historia de ocupação da área, veio a explicar esse caso. Após ter sido terra de pessoas importantes durante o Império, a grande área funcionou como aeroclube, onde as primeiras aeronaves chegavam em Salvador. Após essa importante ocupação, a região foi destinada a construção de um shopping, que por diversos motivos, veio a falir. Ao lado do shopping havia a previsão de execução do Parque dos Ventos. Projeto da Arquiteta Rosa Kliass que não veio a ser construído, ficando a área entregue a ocupação de marginais e pontos de prostituição. O novo plano visa garantir a construção da área pública no local, denominado dessa vez de PARQUE ATLÂNTICO. A proposta visa como ponto principal, a permeabilidade e acessibilidade de uma região, que até então era negada pelo bairro. Quebrando as barreiras físicas e culturais de negação ao terreno, visou-se ocupa-lo com programações culturais e esportivas para que esteja em constante utilização. Dentre essas áreas, duas se destacam. Uma destinada a eventos públicos, desafogando e melhorando o acesso e a permanecia para essas atividades, que hoje são realizadas pelas estreitas ruas do centro histórico. E a outra, funcionando como uma grande casa de espetáculos, visando suprir a necessidade do município, que mesmo sendo um difusor de grandes artistas e base da cultura nacional, não possui uma área apropriada para apresentações na cidade.


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