A proposta do projeto se constrói a partir das relações construídas entre a prática de produção cinematográfica até a recepção de seus espectadores. Desenvolve-se então, um pensamento reflexivo do espaço onde essa relação se estabelece. Dessa forma, foi preciso compreender em que ponto a linguagem arquitetônica se insere como instrumento capaz de atravessar os objetivos práticos do cinema e criar vínculos com o modo de pensar e agir de seus usuários. O edifício, ainda que localizado na Praça Mauá, onde hoje existe um estacionamento, objetiva a criação de um espaço arquitetônico etéreo que protagoniza o usuário enquanto agente criador, na intenção de se dispor como um espaço abstrato de apropriação múltipla. Posicionado sobre uma grande praça aberta, o edifício abriga espaços de uso comunitário, como FAB LABS, salas de cinema e projeção, espaços para apropriações artísticas, galerias entre outros ambientes. Um objeto de grande importância, utilizado para o desenvolvimento do projeto, foi a manipulação de propriedades materiais que constituem a projeção, por tanto, o projeto contempla, pontualmente, imagens projetadas em diferentes ângulos e superfícies.