• Autor Paula Avidago de Andrade Siqueira
  • Ano 2014/2
  • Resumo

    ENTRE MUROS Redescobrindo os Espaços Potenciais em Copacabana Conhecido mundialmente na década de 50, no auge da boêmia carioca, Copacabana passou a ser reconhecida como a porta de entrada do país pelo turismo. A escolha do terreno foi baseada em um estudo do perfil evolutivo do bairro através da legislação urbanista com o propósito de entender a conformação morfológica dos espaços. Constatou-se que o bairro possui muitas áreas internas de quadra que são livres e/ou mal aproveitadas e que portanto, poderiam agregar novas funções a fim de valorizar a vida urbana local. A área de projeto deveria possuir importantes relações com entorno e características heterogêneas que pudessem viabilizar diferentes interesses, fortalecendo o objetivo principal. Ao analisar as práticas de vivências no bairro, foi possível compreender que o centro do bairro de Copacabana possui um forte comércio diurno que reverbera por toda sua extensão. Este perímetro, além de possuir proximidade a eixos importantes, apresenta uma mobilidade urbana que permite um grande fluxo de pedestres e facilita o acesso à região. Em contrapartida, nota-se que a área é valorizada apenas no período diurno, uma vez que perde todo seu vigor ao anoitecer. Assim, o projeto surge com o interesse de investir no setor turístico e resgatar o valor histórico e cultural da boêmia carioca no bairro. A proposta é requalificar a paisagem e a vida urbana local, sem deixar de explorar a grande diversidade presente nos dias de hoje. O conceito foi sobrepor usos destintos, com o intuito de atrair um público diversificado, que agregasse o entorno, gerando novos interesses. Esses usos se revelam aos poucos, uma vez que o projeto acontece entre muros. No sentido horizontal, o projeto cria uma interação de fora para dentro e resgata o caráter de refúgio, como fuga do entorno conturbado, gerando diferentes passagens e áreas de estar. Enquanto no vertical, ela acontece a medida em que os ambientes se tornam mais restritos. Como elemento estruturante e desencadeador dessa transformação, optou-se pela implantação de um mercado público de caráter regional, de funções e usos variados. O propósito é trazer a diversidade através de seu espaço público ativo junto aos ambientes corporativos coletivos a fim de promover a interação e o convívio social. E com base nesta proposta, a arquitetura procurou valorizar ambientes que permitissem sofrer mutações, a partir de novos interesses dos usuários com o passar do tempo.


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