• Conexão Tom Jobim-Santos Dumont: Mobilidade Urbana como ferramenta de articulação dos espaços da cidade retornar à pesquisa
  • Autor Lara Filgueira d Almeida Knupfer Mattos
  • Ano 2019/2
  • Localização -22.813402, -43.246461
  • Resumo

    Após as intervenções realizadas na cidade do Rio de Janeiro para os megaeventos esportivos de 2014 e 2016, o cenário que vivenciamos reflete uma cidade sem visão de conjunto no que se refere às questões de mobilidade. Há pouca integração entre os transportes coletivos, uma vez que a administração dos serviços é realizada através de diferentesconsórcios por modal. O Estado investe em intervenções de mobilidade urbana em prol das empresas de ônibus, sem levar em consideração as questões de sustentabilidade e o conforto do usuário. A insistência na implementação do transporte rodoviário na cidade do Rio de Janeiro é uma problemática que deve ser discutida.

    O legado pós megaeventos na cidade é composto por seguidos escândalos de corrupção entre o governo e as empresas de ônibus; pela implementação de um sistema de BRT inacabado, superlotado e subaproveitado, que, literalmente, rasgou o bairros do subúrbio carioca; assim como a inserção do VLT carioca, implantado na zona portuária e centro da cidade, ainda que seja um transporte de qualidade ambiental e de média capacidade percorre um trajeto curto e com demanda baixa, tornando-o subaproveitado em grande parte do tempo. Além disso, e mais importante, essa intervenção não supre as reais necessidades de transporte da cidade como um todo. Sendo assim, o Rio de Janeiro se apresenta como uma metrópole turística sem conexão entre os dois aeroportos da cidade, com um trânsito caótico e o maior tempo médio de deslocamento casa-trabalho do país.

    Este trabalho tem como objetivo realizar a conexão entre o Aeroporto Internacional e o Santos Dumont, através da implantação de um modal sustentável, movido à energia limpa, que assegure um tempo confiável de percurso, facilitando a conexão entre os vôos. Entretanto, atender a demanda turística é também e, principalmente, um meio de suprir a carência de transportes diversificados e viabilizar a articulação dos espaços “entre” nos bairros que conformam esse percurso.

    Atualmente, a Ilha do Governador e a Cidade Universitária contam quase que exclusivamente com o transporte rodoviário. A falta de qualidade do modal leva a população a recorrer ao uso de automóveis e o grande fluxo de migração à area central da cidade gera congestionamentos diários.

    A Vila Residencial do Fundão e o bairro do Caju tem em comum o negligenciamento de seus espaços em relação ao resto da cidade. A proximidade física entre eles propõe uma conexão direta que visa uma ativação urbana através da circulação local. De forma prática, esse trabalho busca entender os conceitos de mobilidade urbana, o cenário atual da cidade do Rio de Janeiro, e fazer uma proposta de projeto urbano a partir dos embasamentos teóricos.

    A pretensão deste trabalho é propor um plano geral de intervenção para a implementação de uma linha de VLT que conecte, efetivamente, os dois aeroportos do Rio de Janeiro priorizando um sistema sustentável e com potencial de articulação e recuperação de áreas degradadas, e, principalmente, proporcionar uma alternativa de transporte de média capacidade a população da Ilha do Governador, Cidade Universitária e do bairro do Caju.


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