"A Universidade, como Alma Mater (MELLO,1985, 53), tinha por princípio suas diretrizes e normas em sua estrutura, sendo uma ideia em construção. Neste trabalho buscaremos dar o Corpo a esta alma, trazendo a universidade do mundo das ideias para um campo físico. Privilegia-se assim, uma relação interinstitucional entre a universidade e a cidade onde está inserida (NAVES, 2011,03). Instituída pelo Governo Federal, em 1920, como sendo a primeira universidade federal, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, à época denominada de Universidade do Rio de Janeiro (URJ), tem o início de sua trajetória com a fundamentação, ou pelo menos o pensamento desta, de sua Alma Mater (MELLO,1985, 53). O vislumbre da criação de um Corpo Mater para tal Alma só se torna visível com a criação do Ministério da Educação e Saúde Públicas, em 1930, momento no qual a universidade recebe a denominação de Universidade do Brasil (UB). Após trinta anos a universidade passa a ser a então Universidade Federal do Rio de Janeiro. Este traçado histórico temporal se torna relevante à medida que cada denominação corresponde a um marco, uma resposta à sociedade e a política da época, se refletindo de forma física nos espaços universitários. Espaços estes que geral uma colaboração interinstitucional. O Corpo desta alma, trazido do mundo das ideias para um campo físico, o Campus, se deu em um contexto artístico cultural moderno, podendo ser compreendido como Modernismo Programático (SEGAWA, 1998, 41), que comporta o período de 1917-1932, no qual opondo-se ao passado colonizador, com a atualização estética a partir de uma quebra teórica, buscando trazer a originalidade brasileira para as obras e composições. Na América Latina o processo do Movimento Moderno partiu deste mesmo princípio: uma redescoberta das raízes culturais e artísticas dos países recém-nascidos independentemente de suas colônias, com a emersão das Universidades Modernas, a criação de suas Almas Mater e a manifestação de seus Corpos. "