• Autor AMANDA MANHÃES MARMUTE
  • Ano 2024/1
  • Tema(s)
  • Localização 22, 43
  • Orientador Diego Anibal Portas
  • Coorientador Andres Martin Passaro
  • Resumo

    "O trabalho parte da aproximação a um cotidiano compartilhado no lugar conhecido como Itaipu, a praia que virou duas. Como consequência de um longo processo de segregação e supressão do território pesqueiro, a fragmentação de uma paisagem e o enfraquecimento econômico da pesca tradicional se desdobram na iminente perda de uma memória e cultura que, historicamente, é cultivada entre gerações. Isso porque, a pesca aqui é compreendida para além de uma atividade que garante subsistência; ela é, também, linha que costura identidades e tradições. Durante o processo de investigar o lugar, é descoberta uma linha imaginária traçada pelos portos de pesca sobre o mar e que, de maneira simbólica, narram a memória de uma única praia. Esse achado desperta o desejo de revelar marcos físicos e imaginários que falam de um conjunto de tradições e memórias populares que resistem por permanecer. Portanto, o projeto estrutura-se a partir de uma premissa central: deslocar e conduzir o espectador a ver, e ao mesmo tempo tomar consciência de uma paisagem que, devido a sua construção entre o passado, o presente e futuro, encontra-se em um lugar que a oculta e a faz escapar do primeiro olhar de quem chega. Uma condição que permite falar de “Pontos Cegos”. Assim, durante o mês de tradicional celebração de São Pedro e da pesca, entre o mar e a lagoa, cinco gestos são ensaiados em função de um movimento de transladar-se no espaço e no tempo para enxergar aquilo que, comumente, parece escapar do olhar."


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