Resumo
O presente trabalho lança um olhar sobre as ocupações às margens da Baía de Sepetiba. Por meio de levantamentos cartográficos e de uma compreensão do processo histórico de ocupação da zona oeste do Rio de Janeiro, principalmente dos bairros que têm a baía como divisa, constata-se uma relação quase inexistente com essa grande lâmina d’água para além das dinâmicas portuárias e industriais. O trabalho investiga o potencial da reserva de espaço do enclave militar como forma de preservar um território que sofre diariamente crimes ambientais relativos às atividades industriais e de incorporar novas funções urbanas e ambientais enquanto espaços de convívio em escala de bairro. A partir disso, a proposta traz à tona a necessidade de se pensar em dispositivos para novas formas de relação com o enclave; coabitar esses territórios em condição de isolamento para usos coletivos em um contexto tão desigual e marcado pela crise ecológica.
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