• Autor Felipe Oliveira de Souza Lopes
  • Ano 2023/2
  • Tema(s)
  • Coorientador ---
  • Resumo

    O presente projeto é um edifício que busca estabelecer relações com a cidade em seu caráter de congestão, explorando os limites entre espaço público e privado a partir de um programa que contempla atividades educativas e culturais. O lote escolhido, situado em frente à Praça Nelson Mandela - em Botafogo - é visto como uma região de interesse devido à sua urbanidade: um espaço de muitos fluxos e usos, que também proporciona encontros e diferentes atividades e eventos. O projeto pretende explorar tal caráter valorizando a dimensão do espaço enquanto “vivido”, considerando a importância dos espaços “públicos” para uma visão democrática de urbanidade e reconhecendo o potencial do evento, “entre espaços programados e não programados, públicos e privados” (ZONNO,2014). Tal abordagem é aproximada ao sentido de “congestão metropolitana” (KOOLHAAS, 1978) e imprevisibilidade, e a possibilidade de formação de um “espaço comum” concebido pelo cruzamento entre “eixos” - vertical representando os edifícios e horizontal da malha urbana (BUCCI, 2010). Há a intenção de compreender o desenho arquitetônico não só como possível mediador entre espaço público e privado, como capaz de explorar a condição metropolitana e propor uma implantação que contribua com as atividades encontradas no entorno, dialogando com modais - ônibus, metrô, bicicleta ou caminhar - comércios e espaços de moradias. O projeto pretende potencializar essas ações e propor um espaço de vitalidade pertinente a essa centralidade. A abordagem do trabalho é construída a partir das experiências adquiridas neste processo que incluiu leituras de textos, o reconhecimento do local da intervenção, visita às obras de referência selecionadas em São Paulo e interpretações autorais – especialmente a partir de desenhos, diagramas e fotografias. O cruzamento entre as obras estudadas e um repertório mais amplo de obras modernas e contemporâneas brasileiras e internacionais fomentou um processo de auto reflexão sobre as possibilidades de um posicionamento em projeto no contexto em questão, considerando em especial a proposta programática e a possibilidade de articular as dimensões pública e privada dos espaços.


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