Resumo
O Complexo Penitenciário de Gericinó expõe a realidade deplorável da situação carcerária do Brasil em um caráter institucional e arquitetônico como parte de um projeto político de controle dos corpos e organização hierárquica de poder – que se manifestam pelas péssimas condições de habitabilidade submetidas aos detentos e pelas constantes mutilações ao corpo, fatores estes que retardam ainda mais o progresso da ressocialização. Almejando uma arquitetura carcerária humanizada, são propostas estratégias projetuais para esta tipologia; utilizando-se como exemplo as Penitenciária Bangu III para a possibilidade de uma intervenção futura. A questão penal do país é uma pauta urgente oriunda de uma sociedade escravocrata e patriarcal que persegue, até a atualidade, grupos sociais menos favorecidos e relega a participação democrática destes no corpo social. Repensar a arquitetura prisional compõe a função sociopolítica do arquiteto em promover a democracia para uma sociedade menos opressora.
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