• Moradia como direito: habitação de interesse social para mulheres em situação de rua retornar à pesquisa
  • Autor Thaís Reis Crivella
  • Ano 2023/2
  • Resumo

    O trabalho se aproxima da problemática das mulheres em situação de rua, com base no programa Lares Cariocas lançado pela prefeitura do Rio de Janeiro em janeiro de 2023. O programa parte do princípio da moradia digna e permanente como primeiro passo para retomada da independência buscando soluções que assegurem sua dignidade e segurança. O público-alvo são mulheres de 18 a 59 anos, grávidas, puérperas ou com filhos de até dois anos. Localizado em um vazio urbano na esquina da rua do Lavradio e da rua dos Arcos, que hoje é apontado como ponto de uso de drogas por assistentes sociais do DataRio, o projeto conta com três tipologias habitacionais: três quartos, dois quartos e estúdio. As unidades foram pensadas com ventilação cruzada, visando a diminuição de gastos com energia. Além disso, a metragem quadrada das unidades é superior àquela comumente encontrada em habitações de interesse social, visando o conforto e a flexibilidade para possíveis alterações nas dinâmicas familiares ao longo dos anos. Essa adaptabilidade é enfatizada por meio de plantas livres, apresentando apenas uma parede molhada. O projeto transcende a concepção de habitação convencional, uma vez que o público-alvo são mulheres e crianças que enfrentaram negligências, violências e uso de drogas. Diante desse cenário, torna-se urgente a necessidade de criar espaços de convívio que promovam a busca por autonomia, unindo essas mulheres e criando uma ampla rede de apoio.


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