• Autor Bruna Passos Caldas Caldeira
  • Ano 2023/2
  • Tema(s)
  • Localização -22.93, -43.33
  • Coorientador ---
  • Banca
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  • Resumo

    "Este trabalho se propõe analisar o recorte da área central do bairro da Freguesia, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, entendendo as lógicas que foram criadas a partir do processo de urbanização e como este contribuiu cada vez menos para a dimensão humana ser considerada ao se pensar a cidade. Dessa forma, o objetivo é realizar um projeto arquitetônico que possibilite a criação de uma relação mais próxima entre as pessoas e o espaço público, através da ampliação de espaços de permanência, que ao longo do tempo mostrou-se escasso, principalmente pela priorização do convite ao automóvel em detrimento do pedestre. O projeto tem como intenção a subversão do uso dos estacionamentos, visto que este pode ser considerado um espaço subutilizado, por não promover uma função social e integração da sociedade ao ser utilizado somente como armazenamento de veículos. Além disso, os estacionamentos fecham no período noturno, excluindo qualquer função que possa ocorrer neste espaço, se tornando em grandes vazios na cidade e potencializando a característica de um espaço subutilizado. Apesar dessa única função de armazenamento, os estacionamentos apresentam potencial para serem transformados em espaços limiares, de modo que estes espaços privados são ocupados através de intervenções pontuais e transformados em espaços coletivos que possibilitam os moradores e trabalhadores da região de Jacarepaguá de usufruir deste local com liberdade e para usos de lazer e cultura. Assim, há uma relação de cooperação mútua entre o espaço privado e o espaço público, em que os dois são beneficiados. Enquanto o espaço privado é valorizado a partir de uma otimização do metro quadrado do solo, o espaço público ganha força ao ser possibilitado apropriações pelos transeuntes com atividades diversas. Dessa forma, a partir da adaptação da situação existente, considerando a dimensão humana na cidade, é possível ter um convívio mais equilibrado entre o pedestre e o automóvel. Como é visto no livro Cidade para pessoas, o autor Jan Gehl destaca a importância e necessidade de se pensar a cidade a partir da dimensão humana e das oportunidades de encontro que ocorrem nos espaços de vivência das relações cotidianas."


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