• Autor Maria Antonia Pereira Proença
  • Ano 2023/1
  • Tema(s)
  • Localização -22.998902, -43.319337
  • Coorientador Bruno Amadei Machado
  • Resumo

    Estar à margem, e às margens, é uma experiência tipicamente brasileira, logo reconectar-se às margens é um exercício de sobretudo, brasilidade. No Rio de Janeiro, a exuberante paisagem natural a paisagem culmina numa complexa paisagem cultural, resultando numa dança conflitante de edificado e pré-existências naturais. A arquitetura, na lógica vigente de pensamento, enxerga as águas como um problema a ser enfrentado, limites a serem vencidos no solo urbano passível de ocupação. Na cidade do Rio de Janeiro fomos capazes de aumentar faixas de areia, apagar lagoas e canalizar leitos de rios e de forma invasiva retificar meandros, enfileirando em esquemas cartesianos todo o movimento que apenas a água, em seu estado autêntico da matéria, é capaz de presentear. Esse trabalho final de graduação parte da reflexão acerca das múltiplas maneiras e possibilidades de apropriar-se da água como matéria, como paisagem e como meio, aprofundando-se na Zona Oeste carioca. Partindo desses questionamentos, mergulho profundo na paisagem cultural da Lagoa da Tijuca, pertencente ao Complexo Lagunar de Jacarepaguá, na tentativa de ensaiar as possibilidades da cidade em sua posição junto ao corpo hídrico na construção das dinâmicas urbanas para todos os tipos de habitantes. Estudando assim, de quais maneiras a arquitetura pode pousar-se com delicadeza sobre esse suporte biofísico natural, retornando com gentileza e harmonia à todas as espécies habitantes da cidade contemporânea.


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