• Autor Livia Borelli de Jesus
  • Ano 2023/1
  • Localização -22.954627, -43.181123
  • Coorientador ---
  • Resumo

    A cidade do Rio de Janeiro tem um vasto histórico de transformações no tecido urbano. Em alguns bairros, na escala do pedestre é perceptível o desacordo entre diferentes planos e concepções espaciais, gerando uma ambiência urbana por vezes desconfortável para o caminhar. Quando expostos em decorrência de transformações no tecido urbano, esses espaços residuais de pequena dimensão acabam se tornando obstáculos no percurso de um pedestre, que constantemente se depara com superfícies opacas, sem planejamento, que contribuem para um caminhar desconfortável e desinteressante. Essas superfícies inertes podem ser muros, fachadas com poucas e mínimas aberturas ou empenas cegas. É preciso, porém, enxergar o potencial de ativação desses espaços, lendo-os como telas que, por definição, podem ter o sentido de “objeto de atenção e discussão”, como também de “superfície sobre a qual se projetam imagens cinematográficas ou fotográficas; painel”. Aqui se propõe olhar para essas superfícies não mais como obstáculos a se desviar em um percurso, mas sim como espaços em que se projetam oportunidades de apropriação, que têm potencial agregador e que podem ser suporte não só para pinturas ou projeções, mas também para novas arquiteturas mínimas na escala do pedestre. Este trabalho, portanto, se propõe a questionar esses tipos de obstáculos descritos, aliando a ativação das superfícies opacas e inertes à provocação de novos modelos para o mobiliário urbano, atendendo melhor aos diferentes usos e necessidades. Para isso, parte-se do entendimento dessas fachadas sem planejamento como potenciais telas a serem apropriadas por meio de pequenas intervenções arquitetônicas.


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