O advento de novas tecnologias, computadores e Internet, tem infligido ao mundo moderno mudanças significativas nas áreas tecnológicas e sociais. De acordo com Klaus Schwab (2015), estamos vivendo a 4ª Revolução Industrial, também chamada de Indústria 4.0, que procede três revoluções históricas transformadoras: a primeira, entre 1760 e 1830, marca a mudança da produção manual para a mecanizada; a segunda, por volta de 1850, implementa a produção em massa graças a chegada da eletricidade; e a terceira, em meados do século XX, com a evolução da eletrônica, tecnologia da informação e telecomunicações. A 4ª Revolução Industrial, por sua vez, é uma revolução tecnológica nunca experimentada antes, caracterizada por mudanças abruptas e radicais motivadas pela inserção de novas tecnologias, tendo impacto direto no âmbito social, econômico e político, e será impulsionada por um conjunto de tecnologias disruptivas como robótica, inteligência artificial, realidade aumentada, big data (análise de volumes massivos de dados), nanotecnologia, impressão 3D, biologia sintética e a chamada internet das coisas, onde cada vez mais dispositivos, equipamentos e objetos serão conectados uns aos outros por meio da internet. Diante das inúmeras mudanças ocorridas no último século no cotidiano familiar, o habitar não engloba apenas a morada física, mas também os hábitos, costumes e tradições de seus usuários. Entender essas mudanças é fundamental para analisar as transformações ocorridas ao longo dos anos e projetar futuros possíveis. O trabalho consiste em um estudo sobre a digitalização na edificação de habitação de interesse social e analisa a concepção do projeto arquitetônico, sua produção, desdobramentos e soluções espaciais, fornecendo critérios que ajudam a pensar a arquitetura e a vida doméstica em um cenário crescente de evolução tecnológica.