O projeto parte de uma reflexão acerca da sustentabilidade urbana e caminha entre o teórico e o real. Questões como a legislação local, o entorno e o público alvo trazem delimitações reais para a proposta, que também é pensada a partir de um anseio por uma outra sociedade. Nas grandes metrópoles, é possível observar diversas ineficiências em suas dinâmicas como no manejo de lixo e esgoto, no consumo de água e energia e na própria questão habitacional, além da distribuição desigual de infraestrutura urbana. Sendo assim, o projeto visa promover o acesso, com qualidade, a um recorte urbano que geralmente é negado a determinados grupos. A "qualidade" se dá através do entorno preexistente e de soluções locais, de baixo custo e baixo impacto ambiental, a partir da experimentação tanto das técnicas construtivas como da experiência social. Todo o programa é pensado a partir da gestão coletiva do espaço e de uma vida mais comunitária, para isso, a passagem da escala humana para a escala urbana é planejada de forma suave.