O presente trabalho tem como foco um projeto de espaços livres, no Complexo da Penha, Rio de Janeiro. Visando a requalificação urbana de alguns espaços existentes e proposição de novos. O ponto de partida foi a discussão sobre a escassez de políticas públicas que visem o melhor planejamento urbano e distribuição de espaços livres, no contexto amplo das cidades. Sendo exposta a importância desses espaços nas cidades e sua influência sobre a saúde pública, assim como seus efeitos nocivos. Contudo, a discussão é conduzida ao território favelizado, símbolo das desigualdades em todas as esferas da sociedade, com a finalidade de afirmar o quanto estes sofrem em um grau muito mais grave com a ausência de espaços livres públicos de qualidade. São trazidos juntamente com as questões de planejamento e saúde, o período da pandemia de COVID-19 e o contexto de mudança climática, interpretadas como temáticas necessárias ao território favelizado. É dado um breve histórico de programas públicos do Rio de Janeiro, a fim de ilustrar algo de caráter público e, como tais políticas de urbanismo muitas vezes seguem uma lógica de exclusão das populações mais vulneráveis e acabam se sobrepondo umas às outras. Por fim, o trabalho segue para uma análise aprofundada do território em escala decrescente (bairro, comunidade e os pontos para as intervenções) e com isso, deu-se início a etapa de desenvolvimento das propostas de intervenção que concluíram todo o processo apresentado desde o início.